Estado do Livro: Capa desgastada e com alterações de cor.
Há vidas que não se contam em linha recta. Contam-se em feridas, memórias, quedas, iluminações súbitas — e é assim que se revela Frei Abóbora, um homem moldado pela dor e pelas paixões que o atravessaram como tempestades.
Este romance acompanha-o enquanto tenta compreender o próprio destino, os erros que o marcaram e a inocência que julgava perdida. A narrativa serpenteia entre passado e presente, como se a alma dele abrisse janelas irregulares para momentos decisivos: a infância dura, os amores intensos, as derrotas espirituais, os gritos silenciosos do coração.
Mas é na simplicidade da natureza — no convívio com os bichos e com os índios — que Frei Abóbora encontra aquilo que sempre lhe escapara: paz.
Uma paz rude, terrosa, mas verdadeira.
Uma redenção que não se explica… sente-se.
É uma história inquieta, intensa, humana, onde a memória se mistura com a acção para lembrar que, por vezes, regressamos à pureza não voltando atrás, mas aprendendo a olhar o mundo de outro modo.