Estado do Livro: Capa muito desgastada. Páginas com alteração de cor. Com Assinatura de Posse. O exemplar apresenta um rasgão significativo em duas páginas consecutivas (pág. 167,168,169 e 170), com falta real de papel na zona rasgada.
Devido a essa perda física, parte do texto desapareceu, tornando a leitura incompleta nessas páginas.
Entre o fulgor eléctrico de Paris e o silêncio perfumado das serras portuguesas, Eça de Queirós guia-nos pela vida de Jacinto — um homem que julgava encontrar na civilização o antídoto para todas as inquietações humanas.
Mas o brilho da cidade-luz esgota-se, e é no regresso a Tormes, narrado pelo amigo José Fernandes, que a alma de Jacinto desperta devagar, como quem reencontra o próprio coração ao ouvir o vento a passar nos vinhedos.
Neste romance nascido da semente do conto *A Civilização*, Eça abandona a sátira mordaz que tantas vezes brandiu, oferecendo-nos, na maturidade da sua escrita, uma meditação suave e luminosa sobre o que significa viver — entre máquinas e montanhas, entre o ruído e a calma, entre aquilo que pensamos querer e aquilo que realmente nos alimenta.
Uma obra onde o humor, a ternura e a crítica discreta dançam como luzes ao entardecer: um elogio sereno à simplicidade e um olhar enternecido sobre as raízes que nos chamam.